domingo, fevereiro 28, 2010

Petroleiras chinesas fazem negócio em Angola

Valor Econômico 20/07/2009
As petroleiras chinesas CNOOC e Sinopec acertaram a compra, por US$ 1,3 bilhão, de uma participação de 20% num campo de petróleo na costa de Angola que pertencia à americana Marathon. Com isso, a China dá prosseguimento ao seu esforço para adquirir ativos de energia e mineração no exterior.

As duas empresas chinesas de petróleo vão formar uma joint-venture a 50-50 para comprar a participação na área conhecida como bloco 32, onde já houve 12 descobertas. A Marathon continuará com uma participação de 10%.

Companhias chinesas têm gradualmente adquirido fontes de commodities, que serão necessárias para garantir o crescimento econômico do país. A Sinopec recentemente avançou na crescente fronteira de petróleo no Curdistão iraquiano, ao comprar por US$ 7,2 bilhões a Addax Petroleum, uma empresa de petróleo privada com sede no Canadá. No começo do mês, a China Investment Corporation, o fundo soberano de US$ 200 bilhões do país, aceitou pagar US$ 1,5 bilhão por uma participação de 17,2% na Teck Resources, uma mineradora canadense de zinco e cobre.

Mas essa busca por recursos naturais sofreu um revés quando a mineradora anglo-australiana Rio Tinto, rejeitou uma oferta de US$ 19,5 bilhões da chinesa Chinalco por uma parte da companhia.

O acordo em Angola, que já é um importante fornecedor de petróleo para a China, avaliou os ativos africanos da Marathon a um preço mais baixo do que o originalmente pedido pela empresa americana. A Marathon vinha tentando vender a participação por US$ 2 bilhões, segundo fontes próximas da negociação.

Outros parceiros no bloco 32 - a francesa Total (com 30%), a estatal angolana Sonangol (com 20%), a ExxonMobil (com 15%) e a portuguesa Galp (com 5%) - tinham direito de rejeitar a entrada dos chineses. Qualquer dessas empresas poderia comprar os 20% pelo mesmo preço oferecido pelas empresas chinesas.

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